Dezenas de estudantes de escolas públicas do Gama acompanharam na tarde de sexta-feira (5) a audiência pública DF contra a legalização da maconha, promovida pela Câmara Legislativa, por iniciatiava do deputado Evandro Garla (PRB). Autoridades do governo local, policiais, psicólogos e ex-atletas foram unânimes em condenar a proposta de descriminização do uso da maconha, que está sendo debatida no País.
"Se isso acontecer vai ser uma grande loucura", alertou o deputado Evandro Garla, ao pregar para os jovens que a maconha "é a porta de entrada para vários crimes", provocando dependência química, problemas sociais e de saúde pública. Ele justificou a realização daquele ato político explicando que até o momento só estão sendo realizados debates a favor da liberação do uso da maconha.
O capitão da Polícia Militar, Maurício Panisset, lamentou a morte em Samambaia de um subtenente daquela corporação no combate a traficantes de drogas, na Quadra 314, justamente durante a realização da audiência pública sobre a maconha. "Nas mais de 200 bocas de fumo que nós conseguimos desmontar, sempre constatamos que a maconha estava associada a outras drogas, como a merla e o crack", advertiu, em relato emocionado. "Será que depois da maconha vão querer liberar também o uso da crack", indagou.
A psicóloga Marisa Lobo do Paraná , especializada no tratamento de viciados em maconha, condenou a ideia de que a maconha é uma droga leve, que não causa tantos problemas de dependência. "É uma droga sim e muita pesada. Existem pessoas que estão aderindo a uma onda social desencadeada por saudosistas do uso da maconha", condenou, ao criticar a postura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em defender publicamente descriminalização do uso da maconha.
Também a ex-atleta brasiliense Ricarda, que integrou a seleção brasileira de voleibol, deu o seu recado aos jovens estudantes que lotaram as galerias da Câmara Legislativa. " Na adolescência muitas colegas da escola me ofereceram maconha, mas eu recusei e constatei que aquelas pessoas não eram minhas amigas", afirmou, ao defender a prática esportiva como um atividade que ajuda as pessoas a se divertirem, sem comprometer a saúde.
Além dos depoimentos contra o uso de drogas, os estudantes assistiram à encenação de uma peça teatral, no Plenário, produzida por membros da Companhia de Teatro Pátria Amada, da Polícia Militar.
Zildenor Ferreira Dourado - Coordenadoria de Comunicação Social