quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Consumo de maconha aumenta o risco de psicose em jovens, indica estudo



Consumo de maconha aumenta o risco de psicose em jovens, indica estudo

por Danilo Baltieri

 "Nesse estudo, durante 10 anos, os pesquisadores acompanharam 1923 indivíduos da população geral da Alemanha, entre 14 e 24 anos de idade, sem história prévia de quadros psicóticos ou mesmo uso de maconha. Aqueles que iniciaram o consumo de maconha durante o estudo apresentaram risco cerca de duas vezes maior de apresentar sintomas psicóticos do que aqueles que permaneceram livres da maconha"
No texto anterior comentei um recente estudo sobre a relação entre o consumo de maconha e esquizofrenia - clique aqui e leia. Agora irei comentar um recente estudo sobre a relação entre o consumo de maconha e psicose.


Comentários

O uso de maconha entre adolescentes e adultos jovens pode disparar o surgimento de sintomas psicóticos, semelhantes a quadros esquizofrênicos. O uso continuado da droga pode, de fato, aumentar o risco da instalação de transtornos psicóticos persistentes, conforme atesta recente estudo aprovado pela prestigiada revista British Medical Journal.

Pessoas jovens devem saber que fumar maconha pode ser bastante nocivo para a sua saúde mental (e também física), ao contrário do que muitos dos próprios adolescentes e adultos jovens (e, às vezes, não tão jovens) pensam.

Jovens com menos de 16 anos que iniciam o consumo de maconha (na forma fumada) parecem ter um risco maior para problemas comportamentais futuros. Essa fração da população jovem que fuma maconha frequentemente tende a manter o consumo por tempo mais prolongado.

Vários estudos prévios já tinham reportado o maior risco de sintomas psicóticos entre usuários da droga. Esse atual estudo demonstra que, em uma percentagem não negligenciável, o consumo de maconha precede o surgimento de quadros psicóticos.

Nesse estudo, durante 10 anos, os pesquisadores acompanharam 1923 indivíduos da população geral da Alemanha, entre 14 e 24 anos de idade, sem história prévia de quadros psicóticos ou mesmo uso de maconha. Aqueles que iniciaram o consumo de maconha durante o estudo apresentaram risco cerca de duas vezes maior de apresentar sintomas psicóticos do que aqueles que permaneceram livres da maconha. Esse fato foi mantido, mesmo após os pesquisadores controlarem os efeitos de outras variáveis que podiam confundir os resultados, como idade, gênero, nível social, consumo de outras substâncias e outros problemas e transtornos psiquiátricos.

A taxa de incidência de sintomas psicóticos entre usuários de maconha foi de 30% contra 20% entre não usuários, considerando o período desde o início do estudo até 3,5 anos depois. Já no período entre 3,5 anos do início do estudo até 8,4 anos após, a taxa de incidência de sintomas psicóticos entre usuários de maconha foi de 14% contra 8%, respectivamente.

É importante destacar que os usuários de maconha que apresentaram sintomas psicóticos e mesmo assim mantiveram o consumo da droga tiveram maior chance de persistência desses sintomas do que aqueles usuários que deixaram de fumar depois do surgimento dos ditos sintomas.

Esses resultados indicam que o consumo de maconha aumenta o risco do surgimento de sintomas psicóticos e que a manutenção do uso possibilita a manutenção desses sintomas. Na minha prática clínica já presenciei alguns exemplos desses sintomas:
- indivíduo usuário de maconha passa a acreditar que está sendo perseguido pelo exército e, devido a essa crença, passa a vigiar a sua vizinhança. Todo movimento dos vizinhos pode ser motivo para recrudescer a desconfiança.
- indivíduo usuário de maconha vai a um show de música e acredita que o músico no palco enviou uma mensagem para ele através do olhar. O usuário corre para a sua casa, bastante agitado, e diz para a sua mãe que algumas pessoas têm muito poder sobre a sua vida. Como sua mãe percebe um comportamento não usual, fica bastante preocupada e tenta acalmar seu filho sem muito sucesso.
Biologicamente defensável
Os autores do estudo explanam que o link entre consumo de maconha e sintomas psicóticos é biologicamente defensável, já que um outro estudo demonstrou que o uso intravenoso de tetra-hydro-canabinol (o princípio básico da maconha) provocou tanto sintomas psicóticos ditos positivos (delírios, alucinações, agitação psicomotora) quanto sintomas psicóticos ditos negativos (embotamento afetivo, apatia, abulia) e de maneira dose-dependente tanto entre pessoas normais quanto entre portadoras da doença esquizofrenia.

O desafio do estudo, segundo os pesquisadores, é convencer os jovens sobre esses riscos, diminuindo a incidência de novos usuários.
A referência para esse estudo é:

Rebecca Kuepper, Jim van Os, Roselind Lieb, Hans-Ulrich Wittchen, Michael Höfler, Cécile Henquet. Continued cannabis use and risk of incidence and persistence of psychotic symptoms: 10 year follow-up cohort study. British Medical Journal, 2011.
Caros leitores, todas as respostas anteriores estão disponibilizadas online. Pode ser que sua pergunta já tenha sido respondida.
Acesse aqui mesmo todas as respostas e esclareça já a sua dúvida! Basta clicar no link abaixo


Fumar maconha pode adiantar o aparecimento de esquizofrenia, indicam estudos

Fumar maconha pode adiantar o aparecimento de esquizofrenia, indicam estudos

por Danilo Baltieri


Deve-se no momento aceitar que o consumo de maconha pode induzir sintomas psicóticos principalmente entre pessoas predispostas ao surgimento de quadros esquizofreniformes. Apenas uma avaliação clínica especializada, bem como um acompanhamento médico intensivo poderá auxiliar o usuário de maconha com quadro psicótico a ser adequadamente diagnosticado e tratado"

Resposta: A maconha é a mais frequente substância ilícita abusada por adolescentes em geral e, apesar de ser ilegal em muitos países, trata-se de uma substância facilmente obtida e largamente cultivada.

Muitas pessoas que fazem uso dessa substância referem um sentimento de leve euforia e bem-estar após o uso, sendo uma das razões para a perpetuação do consumo. Em alguns indivíduos, contudo, o uso frequente tem consequências bastante adversas e pode provocar sintomas chamados psicóticos (audição de vozes, sensação de que estão sendo perseguidos, agitação psicomotora decorrente, etc). Adolescentes, particularmente, podem ser mais sensíveis aos efeitos do uso da maconha devido ao período da vida de continuado desenvolvimento cerebral.

Quando um quadro psicótico ocorre entre usuários de maconha, esses indivíduos podem ser admitidos em unidades de emergência médica, embora geralmente os sintomas cessem em algumas horas. Em outros indivíduos, um quadro psicótico mais duradouro induzido pelo consumo de maconha pode acontecer e se assemelhar bastante a um quadro de esquizofrenia.

Além disso, em alguns outros indivíduos usuários de maconha, um primeiro episódio de surto esquizofrênico pode iniciar, e a maconha é comumente responsabilizada por isso em geral pelos familiares e pelos próprios pacientes.

De fato, o consumo de maconha pode produzir sintomas parecidos com quadros esquizofreniformes em indivíduos que já estão em risco para o desenvolvimento da doença esquizofrenia, devido ao fato que esses usuários já teriam prévias alterações cerebrais funcionais ou susceptibilidade genética.

Indivíduos que já sofrem de esquizofrenia e apresentam história pessoal de consumo de maconha ou outras substâncias demonstram um início mais precoce da doença (esquizofrenia) do que aqueles esquizofrênicos que nunca usaram maconha ou outras substâncias. Parece que entre os indivíduos do primeiro grupo têm menos sintomas negativos (apatia, falta de vontade de desempenhar atividades) e mais sintomas positivos (alucinações, delírios) do que os do segundo grupo. Também, alguns autores demonstram que as pessoas que padecem de esquizofrenia, se mantiverem o consumo de maconha, apresentarão um curso mais grave da doença, embora esse pior prognóstico não esteja apenas relacionado com o uso da maconha.

De fato, o relacionamento “consumo de maconha/esquizofrenia” não pode ser ignorado do ponto de vista clínico e epidemiológico. Em um estudo sueco, o risco relativo do surgimento de quadros esquizofrênicos entre usuários de maconha foi 4.1 comparado com não usuários de maconha e de 6.0 para consumidores pesados de maconha. Todavia, outro estudo australiano demonstrou que apesar do aumento da incidência de usuários de maconha no país, não houve aumento da incidência do diagnóstico de esquizofrenia. Todavia, os autores do último estudo apontam que, embora não haja uma relação unifatorial e unicausal entre uso de maconha e esquizofrenia, o consumo dessa substância pode precipitar quadros psicóticos em pessoas vulneráveis, bem como piorar o curso da doença esquizofrenia.

Ao contrário, outro estudo publicado no British Journal of Psychiatry em 2004 (Arseneault L, Cannon M, Witton J, Murray RM. Causal association between cannabis and psychosis: examination of the evidence. Br J Psychiatry 2004;184:110-7) revisou 5 outros estudos que incluíram amostras bem definidas da população, avaliando o consumo de maconha e o posterior surgimento de quadros esquizofrênicos. Os autores concluíram que o uso de maconha confere um aumento de duas vezes no risco relativo para esquizofrenia. Ainda, os autores sugeriram que a eliminação do consumo de maconha reduziria a incidência da esquizofrenia em cerca de 8%, assumindo uma relação de causalidade.

De fato, dados como estes não podem ser desconsiderados. No entanto, deve-se no momento aceitar que o consumo de maconha pode induzir sintomas psicóticos principalmente entre pessoas predispostas ao surgimento de quadros esquizofreniformes. Apenas uma avaliação clínica especializada, bem como um acompanhamento médico intensivo poderá auxiliar o usuário de maconha com quadro psicótico a ser adequadamente diagnosticado e tratado.
Abaixo, forneço referência bastante interessante sobre o tema:
DeLisi LE. The effect of cannabis on the brain: can it cause brain anomalies that lead to increased risk for schizophrenia? Curr Opin Psychiatry 2008;21(2):140-50.

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Consumo de maconha aumenta o risco de psicose em jovens, indica estudo

por Danilo Baltieri
 "Nesse estudo, durante 10 anos, os pesquisadores acompanharam 1923 indivíduos da população geral da Alemanha, entre 14 e 24 anos de idade, sem história prévia de quadros psicóticos ou mesmo uso de maconha. Aqueles que iniciaram o consumo de maconha durante o estudo apresentaram risco cerca de duas vezes maior de apresentar sintomas psicóticos do que aqueles que permaneceram livres da maconha"
No texto anterior comentei um recente estudo sobre a relação entre o consumo de maconha e esquizofrenia - clique aqui e leia. Agora irei comentar um recente estudo sobre a relação entre o consumo de maconha e psicose.
Comentários

O uso de maconha entre adolescentes e adultos jovens pode disparar o surgimento de sintomas psicóticos, semelhantes a quadros esquizofrênicos. O uso continuado da droga pode, de fato, aumentar o risco da instalação de transtornos psicóticos persistentes, conforme atesta recente estudo aprovado pela prestigiada revista British Medical Journal.

Pessoas jovens devem saber que fumar maconha pode ser bastante nocivo para a sua saúde mental (e também física), ao contrário do que muitos dos próprios adolescentes e adultos jovens (e, às vezes, não tão jovens) pensam.

Jovens com menos de 16 anos que iniciam o consumo de maconha (na forma fumada) parecem ter um risco maior para problemas comportamentais futuros. Essa fração da população jovem que fuma maconha frequentemente tende a manter o consumo por tempo mais prolongado.

Vários estudos prévios já tinham reportado o maior risco de sintomas psicóticos entre usuários da droga. Esse atual estudo demonstra que, em uma percentagem não negligenciável, o consumo de maconha precede o surgimento de quadros psicóticos.

Nesse estudo, durante 10 anos, os pesquisadores acompanharam 1923 indivíduos da população geral da Alemanha, entre 14 e 24 anos de idade, sem história prévia de quadros psicóticos ou mesmo uso de maconha. Aqueles que iniciaram o consumo de maconha durante o estudo apresentaram risco cerca de duas vezes maior de apresentar sintomas psicóticos do que aqueles que permaneceram livres da maconha. Esse fato foi mantido, mesmo após os pesquisadores controlarem os efeitos de outras variáveis que podiam confundir os resultados, como idade, gênero, nível social, consumo de outras substâncias e outros problemas e transtornos psiquiátricos.

A taxa de incidência de sintomas psicóticos entre usuários de maconha foi de 30% contra 20% entre não usuários, considerando o período desde o início do estudo até 3,5 anos depois. Já no período entre 3,5 anos do início do estudo até 8,4 anos após, a taxa de incidência de sintomas psicóticos entre usuários de maconha foi de 14% contra 8%, respectivamente.

É importante destacar que os usuários de maconha que apresentaram sintomas psicóticos e mesmo assim mantiveram o consumo da droga tiveram maior chance de persistência desses sintomas do que aqueles usuários que deixaram de fumar depois do surgimento dos ditos sintomas.

Esses resultados indicam que o consumo de maconha aumenta o risco do surgimento de sintomas psicóticos e que a manutenção do uso possibilita a manutenção desses sintomas. Na minha prática clínica já presenciei alguns exemplos desses sintomas:
- indivíduo usuário de maconha passa a acreditar que está sendo perseguido pelo exército e, devido a essa crença, passa a vigiar a sua vizinhança. Todo movimento dos vizinhos pode ser motivo para recrudescer a desconfiança.
- indivíduo usuário de maconha vai a um show de música e acredita que o músico no palco enviou uma mensagem para ele através do olhar. O usuário corre para a sua casa, bastante agitado, e diz para a sua mãe que algumas pessoas têm muito poder sobre a sua vida. Como sua mãe percebe um comportamento não usual, fica bastante preocupada e tenta acalmar seu filho sem muito sucesso.
Biologicamente defensável
Os autores do estudo explanam que o link entre consumo de maconha e sintomas psicóticos é biologicamente defensável, já que um outro estudo demonstrou que o uso intravenoso de tetra-hydro-canabinol (o princípio básico da maconha) provocou tanto sintomas psicóticos ditos positivos (delírios, alucinações, agitação psicomotora) quanto sintomas psicóticos ditos negativos (embotamento afetivo, apatia, abulia) e de maneira dose-dependente tanto entre pessoas normais quanto entre portadoras da doença esquizofrenia.

O desafio do estudo, segundo os pesquisadores, é convencer os jovens sobre esses riscos, diminuindo a incidência de novos usuários.
A referência para esse estudo é:

Rebecca Kuepper, Jim van Os, Roselind Lieb, Hans-Ulrich Wittchen, Michael Höfler, Cécile Henquet. Continued cannabis use and risk of incidence and persistence of psychotic symptoms: 10 year follow-up cohort study. British Medical Journal, 2011.
Caros leitores, todas as respostas anteriores estão disponibilizadas online. Pode ser que sua pergunta já tenha sido respondida.
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Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/maconha_psicose.htm

Um quarto dos pacientes de câncer de testículo usa maconha, diz estudo


Levantamento foi feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Pesquisas anteriores também mostram relação entre droga e tumores.
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) fez um levantamento entre pacientes com câncer no testículo e descobriu que um quarto deles usa ou usava maconha com regularidade. Os pesquisadores ouviram cem pessoas, com idade média em torno dos 30 anos.


“O uso crônico de maconha favorece a alteração hormonal”, disse Daniel Abe, urologista do Icesp, órgão que é ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP. “Uma alteração desse eixo hormonal pode favorecer a formação de tumores”, relacionou o médico.
Entre os hormônios afetados, estão o FSH e o LH, que controlam o funcionamento dos testículos, e a testosterona, que é produzida por eles.

Pesquisas anteriores feitas nos Estados Unidos também sugerem relação entre o uso da droga e o surgimento da doença. Os estudos chegaram a essa conclusão depois de comparar hábitos e características de pacientes com câncer aos de homens saudáveis do grupo controle.
Os dados estatísticos mostram que os usuários de maconha estão mais propensos a tumores, especialmente aos não seminoma – um tipo agressivo de tumor no testículo. Os autores indicam ainda que é preciso avançar nos estudos de receptores canabinoides para entender o mecanismo que liga a maconha e o câncer.
‘Altamente curável’
“O tumor de testículo é altamente curável”, afirmou Daniel Abe. “Se o diagnóstico é feito antes que ele se espalhe, a chance de cura fica entre 90% e 95%”, completou. O especialista disse ainda que, mesmo que outros órgãos já tenham sido atingidos, há boas chances de cura.
Segundo o médico, o câncer de testículo é raro, mas é o mais comum na faixa etária entre 15 e 34 anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/09/um-quarto-dos-pacientes-de-cancer-de-testiculo-usa-maconha-diz-estudo.html

Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha.

Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha.



A Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês) realizou um levantamento com mil adultos e constatou que um terço erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde.
E 88% pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha -- quando um cigarro de maconha traz os mesmos riscos de um maço de cigarros.
A BLF afirma quer a falta de consciência é "alarmante".
Amplamente utilizado
Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.
O uso de cannabis também tem sido associado ao aumento da possibilidade de o usuário desenvolver problemas de saúde mental, como a esquizofrenia.Um novo relatório do BLF diz que há ligações científicas entre fumar maconha e a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.
Parte da razão para isso, dizem os especialistas, é que as pessoas, ao fumar maconha, fazem inalações mais profundas e mantêm a fumaça por mais tempo do que quando fumam cigarros de tabaco.
Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco, e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.
A pesquisa descobriu que particularmente os jovens desconhecem os riscos.
'Campanha pública'
Quase 40% dos entrevistados com até 35 anos de idade -- a faixa etária mais propensa a ter fumado cannabis -- acreditam que maconha não é prejudicial.
No entanto, cada cigarro de cannabis aumenta suas chances de desenvolver câncer de pulmão para o equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, a BLF advertiu.
A chefe-executiva da BLF, Helena Shovelton, disse: "É alarmante que, enquanto pesquisas continuam a revelar as múltiplas consequências para a saúde do uso de maconha, ainda há uma perigosa falta de sensibilização do público sobre o quão prejudicial esta droga pode ser".
"Este não é um problema de nicho -- a cannabis é uma das drogas recreativas mais utilizadas noReino Unido, já que quase um terço da população afirma ter provado".
"Precisamos, portanto, de uma campanha de saúde pública -- à semelhança das que têm ajudado a aumentar a conscientização sobre os perigos de se comer alimentos gordurosos ou fumar tabaco -- para finalmente acabar com o mito de que fumar maconha é de algum modo um passatempo seguro.'
O relatório do BLF recomenda a adoção de um programa de educação pública para aumentar a conscientização do impacto de fumar maconha e um maior investimento na pesquisa sobre as consequências para a saúde de seu uso.

Fonte:  G1 http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/riscos-da-maconha-sao-subestimados-dizem-especialistas.html

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