domingo, 30 de dezembro de 2012

Marisa Lobo participa de um debate na Universidade Federal -TV PLURAL -

Pesquisas recentes sobre as verdade do poder destrutivo da maconha



Introdução

Maconha - "Santa Maria"Consideramos importante esta atual abordagem sobre o controvertido tema da maconha porque ainda persiste no mundo médico-científico uma divergência grande de opiniões, talvez por ignorarem os danos psico-neuro-sociais em toda a sua abrangência. Graças aos avanços recentes dos recursos tecnológicos (ressonância nuclear magnética, tomografias computadorizadas-CAT, PET, SPECT, mapeamentos cerebrais - eletroencefalogramas digitais, polissonografias e exames laboratoriais na área de psiconeuroendocrinologia) é que se pode esclarecer todas estas dúvidas que rondam o meio médico e, conseqüentemente, a população leiga.
A maconha é única do ponto de vista farmacológico. Não se assemelha a nenhuma outra droga conhecida. Suas ações clínicas são únicas, assim como as sustâncias químicas que contém em sua estrutura molecular (WEIL, 1986). A Cannabis sativaé a maconha cultivada no Hemisfério Ocidental, enquanto que a Cannabis indica é a maconha cultivada no hemisfério Oriental (SEYMOUR e SMITH, 1987).
Ao contrário do que se pensa a planta não é brasileira. Na realidade, foi trazida pelos escravos africanos da África Ocidental, que era lá usada para fins intoxicantes. Porém, a África já havia recebido a planta da Ásia, onde nasce espontaneamente ao pé das montanhas além do lago Baikal. Um imperador chinês de 2.200 a.C. já descreveu o uso da maconha (LEAVITT, 1995).
Os chineses reconheceram as propriedades psicoativas potentes da maconha há 4000 anos atrás, mas a sociedade Ocidental reconheceu suas propriedades intoxicantes apenas no século XIX, quando as tropas de Napoleão III retornaram à França com haxixe Egípcio. Um membro da Comissão de Ciências e Artes reportou em 1810 que a maconha cultivada no Egito era realmente intoxicante e narcótica (BEAR et aI., 2007).
A maconha foi descrita por vários pesquisadores como a droga 'que é a "porta de entrada"; um estudo relata que 98% dos usuários da cocaína começaram com a maconha. Mas, apesar disso, existem lugares onde a maconha é permitida como medicamento o que faz com que a percepção de que a maconha é perigosa deixe de existir. À medida que a percepção do perigo da droga cai, seu uso sobe (AMEN,2000).
A planta cânhamo (Cannabis sativa), fonte da maconha, cresce em todo o mundo e floresce nas regiões temperadas e tropicais. É uma das plantas não comestíveis mais cultivadas no mundo. Seu principal componente psicoativo é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), que é um alcalóide encontrado na resina que recobre os brotos fêmeos do cânhamo. Além do THC, a resina contém cerca de 60 compostos canabinóides, como o canabidiol e o canabino1. Todos eles bem menos ativos que o THC. (Cannabis and the brain Leslie Iversen Department of Pharmacology - University of Oxford Brain 2003; 126: 1252 - 70.)
Os produtos da Cannabis incluem a maconha, haxixe, bang, ganja e sinsemilla. Haxixe (charas), que consiste do exudato resinoso das inflorescências fêmeas, é a preparação mais potente, contendo cerca de 10 a 20 % de THC. Ganja e sinsemilla são produtos secos das flores das plantas fêmeas e contêm entre 5 a 8% de THC. Maconha e Bhang - também pode ser preparado em forma líquida - são as preparações mais fracas retiradas das folhas e às vezes das flores secas da planta e seu conteúdo de THC é de cerca de 2 a 5 %.
A planta maconha sintetiza pelo menos 400 substâncias químicas. Destas, mais de 60, incluindo o delta-9-tetrahidrocanabinol são canabinóides (LEAVITT, 1995). A estrutura química do THC é única, diferindo tanto da estrutura dos sedativos quanto da dos psicodélicos.

Composição

SA descreve 421 constituintes da maconha, sendo eles:
  1. Canabinóides (61 conhecidos), entre eles do tipo:
    • canabigerol,
    • canabicromeno,
    • canabidiol,
    • delta-9-THC,
    • delta-8-THC,
    • canabiciclol,
    • canabielsoin,
    • canabinol,
    • canabinodiol,
    • canabitriol,
    • miscelanio e outros;
  2. Compostos nitrogenados (20 conhecidos), entre eles: 
    • bases quaternárias,
    • amidas,
    • aminas,
    • alcalóides espermidina;
  3. Aminoácidos (18 conhecidos);
  4. Proteínas, Glicoproteínas e Enzimas (9 conhecidos);
  5. Açúcar e compostos relacionados (34 conhecidos), entre eles:
    • monossacarídeos,
    • dissacarídeos,
    • polissacarídeos,
    • ciclitóis
    • aminoaçúcar;
  6. Hidrocarbonetos (50 conhecidos);
  7. Álcool simples (7 conhecidos);
  8. Aldeídos simples (12 conhecidos);
  9. Acetonas simples (13 conhecidos);
  10. Ácidos simples (20 conhecidos);
  11. Ácidos graxos (12 conhecidos);
  12. Ésteres simples e lactonas (13 conhecidos);
  13. Esteróides (11 conhecidos);
  14. Terpenos (103 conhecidos), entre eles:
    • monoterpenos,
    • sesquiterpenos,
    • diterpenos,
    • triterpenos,
    • miscelânea de compostos de origem terpenóide;
  15. Fenóis não canabinóides (16 conhecidos);
  16. Glicosídeos flavonóides (19 conhecidos);
  17. Vitaminas (1 conhecida);
  18. Pigmentos (2 conhecidos).

Estatísticas

A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo e o número de usuários vem crescendo a cada ano. Em 10 anos (1991 a 2001) houve um aumento de 5,4% do número de usuários nos EUA e também do teor de THC na maconha - 2,1%.
O uso na vida aumenta a cada ano, com início aos 12 (1%) e pico aos 19 (18%).
Aos 25 anos esta freqüência cai para 8 % e chega novamente em 1% entre 50 e 54 anos.
4 milhões de usuários jovens entre 18 e 24 anos (14%) são usuários freqüentes, a maioria homens (17%) seguido das mulheres (11%).
22% dos adultos jovens desempregados são usuários, sendo menor este uso por aqueles que estão empregados (13%) e também entre aqueles que trabalham meio período (15%).
Segundo pesquisa realizada com alunos do Ensino Médio e Fundamental, da rede pública de ensino, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID (1997) a maconha é a droga ilícita mais usada no Brasil.
No levantamento de 1997, as capitais que apresentaram maior consumo foram Curitiba (11,9%) e Porto Alegre (14,4%). Constatou-se que 7,6% dos estudantes relataram já ter experimentado maconha uma vez na vida. No estudo realizado por Saibro e Ramos (2003), com 1586 estudantes, em 14 escolas públicas e privadas do ensino médio e fundamental de Porto Alegre, verificou-se que o uso de maconha teve seu pico de experimentação na faixa etária dos 14 aos 16 anos (72,5%), sendo a prevalência de uso na vida (uso experimental) de 21% nesta população. (Rigoni, M.; Oliveira, M; e Andretta, I. (2006). Conseqüências neuropsicológicas do uso da maconha em adolescentes e adultos jovens: uma revisão da literatura cientifica recente. Ciências & Cognição; Ano 03 Vol 08.)
Foi observado um aumento de registros de acidentes de automóveis, motos, trens e até caminhões, envolvendo motoristas consumidores de maconha. Um experimento com pilotos de aviação avaliou que a maconha é mais perigosa que o álcool e a mistura de ambas. Existem informações que o THC é 4000 vezes mais potente que o álcool ao produzir uma diminuição no desempenho de um motorista em condições adequadamente controladas (KALINA, 1997).
Em 1993, foram estudadas 175 pessoas detidas por dirigir "temerariamente", sob a influência de cocaína ou maconha. Destes, 68 motoristas tinham teste de detecção da maconha positivo. 88% (60 pessoas) oscilaram entre estados moderados ou de extrema intoxicação e 12% (98 pessoas) não mostraram sinais de alteração. Em 18 casos, também foi detectada cocaína. Foram classificados 3 tipos de conduta de acordo com o estado de ânimo: 19% (8 pessoas) foram classificados como paranóides, briguentos e arrogantes, 62% (26 pessoas) como cooperativos, despreparados e felizes, e 19% (8 pessoas) como lentos e sonolentos (KALINA, 1997).

Sistema endocanabinóide

Sabe-se atualmente que o sistema nervoso central produz substâncias semelhantes ao THC - são os canabinóides endógenos - anandamida (N-aracdonil-etanolamina), o 2-aracdonilglicerol (2-AG) e o 2-aracdonilgliceril éter. Estes, juntamente com os receptores canabinóides e as enzimas de síntese e degradação, formam o sistema endocanabinóide.
A anandamida é a mais conhecida e estudada, mas o 2-aracdonilglicerol é o mais abundante. São sintetizados a partir de ácidos graxos de cadeia longa, principalmente o ácido aracdônico. Os canabinóides endógenos são secretados localmente, enquanto que o THC (principal psicoativo da maconha) atinge de uma vez sÓ todos os receptores CEl do cérebro. A ação dos canabinóides dura alguns segundos e o THC permanece horas no sistema nervoso central; por fim, a anandamida é cerca de 4 a 20 vezes menos potente que o THC.
Engeli e colegas mostraram que os endocanabinóides anandamida e 2-AG estão aumentados no plasma de humanos obesos e seus níveis estão inversamente relacionados com a atividade da FAAH (fofolipase-N-acilfosfatidiletanolamina-seletiva). Já foi demonstrado que o jejum aumenta os níveis de anandamida no intestino delgado, o que se relacionaria ao estímulo da ingesta alimentar (fome - "larica" na gíria).
O SNC também possui receptores específicos para os endocanabinóides e o THC. Há dois tipos de receptores conhecidos: o CB1, presente em todo o cérebro (próximo às terminações nervosas de neurônios pertencentes a outros sistemas) l' o CB2, localizado em tecidos periféricos, principalmente no sistema imunológico.
Fonte: Álcool e Drogas sem Distorção / Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein.


Receptores CanabinóidesAs áreas do SNC com maior densidade de receptores são as seguintes, com as respectivas funções:
Córtex frontal - raciocínio, abstração, planejamento.
Núcleos da base - motricidade
Cerebelo - equilíbrio e coordenação
Sistema límbico - elaboração e expressão de fenômenos emocionais
a. Hipotálamo - coordenação das manifestações emocionais
b. Hipocampo - memória emocional e inibição da agressividade
c. Giro do cíngulo - controle dos impulsos

Os receptores canabinóides CB1 estão localizados nas membranas pré-sinápticas de diversos sistemas de neurotransmissão. Os receptores pré-sinápticos é que determinam a quantidade de neurotransmissores que será liberada nas sinapses. Portanto, o sistema canabinóide modula a ação de outros sistemas sobre o cérebro.
O sistema GABA é considerado o sistema de inibição do cérebro enquanto o sistema glutamato é considerado o sistema excitatório. Ambos trabalham em sintonia. O sistema GABA prevalece nos momentos de relaxamento, despreocupação e sono e o sistema glutamato prevalece nos momentos que requerem atenção e vigília.
A atividade do sistema canabinóide parece inibir tanto o sistema GABA quanto o sistema glutamato. Em momentos de maior atividade (trabalho, estudo, jogos, etc) inibem o sistema GABA e em momentos de menor atividade inibem o sistema glutamato.
Os sistemas GABA e glutamato estão espalhados difusamente por todo o cérebro. Já o sistema canabinóide se concentra mais no córtex frontal, núcleos da base, cerebelo e sistema límbico.
Os núcleos da base e cerebelo são responsáveis pela coordenação da motricidade e do equilíbrio e o sistema canabinóide é o "maestro" da sinfonia inibitória / excitatória nestas regiões. Havendo um desequilíbrio deste sistema, há prejuízo da função motor a e do equilíbrio.
O hipocampo, responsável pelo armazenamento da memória, faz parte do sistema límbico, que é rico em receptores CBl. A presença de anandamida e THC inibem de forma retrógrada tanto o sistema GABA (inibitório) quanto o sistema glutamato (excitatório) - este com maior intensidade - tornando esta estrutura incapaz de armazenar informações provenientes das diversas situações, devido ao déficit de processamento das informações sensoriais. Experimentalmente, no hipocampo os neurônios ficam atrofiados e com menor número de conexões entre si após meros três meses de exposição dos ratos ao THC.
Efeitos farmacológicos
Farmacologia
Apesar das pesquisas com maconha terem começado há cerca de 150 anos, só em 1964 foi isolada uma substância ativa chamada delta-9-tetrahidrocanabinóide (∆9-THC) e apenas em 1970 chegou-se à conclusão de que este é o principal componente psicoativo da maconha, sendo alguns outros canabinóides também ativos - menos potentes - e até mesmo agonistas do THC
fonte: http://qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/thc.html


A distribuição do THC, que é solúvel em gorduras, é rápida e completa. Os efeitos farmacológicos ocorrem cerca de 10 a 15 minutos após o uso do cigarro, permanecendo por cerca de 3 a 4 horas, se outra dose não for administrada. A substancia pode ser detectada no corpo até 12 horas após o uso de um único cigarro. A absorção oral é lenta e incompleta e os efeitos surgem em % a 1 hora, podendo persistir por até 5 horas.
Sabe-se que o efeito da Cannabis é três vezes mais potente quando fumado que quando ingerido pela boca, mesmo na forma natural (chá ou resina), embora a absorção gastrointestinal seja satisfatória.
Um cigarro médio de maconha tem cerca de 0,5 a 1 grama da planta. Se considerarmos como 5% o percentual de THC, teremos aproximadamente 50 mg de THC por cigarro. Em geral, cerca de 1,4 a 1,2 do THC presente no cigarro é disponível na fumaça. Então, em um cigarro com 50 mg de THC, cerca de 12 a 25 mg são disponíveis na fumaça. Na prática, a quantidade de THC na corrente sangüínea após o uso de 1 cigarro de maconha está entre 0,4 a 10 mg.
Uma vez absorvido, o THC é distribuído aos vários órgãos do corpo, principalmente aqueles ricos em gordura. Portanto, penetra rapidamente no cérebro - rico em gorduras - sem ser bloqueado pela barreira hemato-encefálica. O THC também atravessa a barreira placentária e alcança o feto rapidamente. É quase completamente metabolizado no fígado a um metabólito ativo (1l-hidroxi-delta-9-TEIC) que é subseqüentemente convertido em metabólitos inativos e então excretado_ pela urina e fezes. O metabolismo do THC é bastante lento: uma meia vida de 30 horas é aceita pela maior parte dos pesquisadores, mas alguns reportam uma meia vida de 4 dias. Portanto, o THC pode permanecer no corpo por vários dias ou semanas e o uso subseqüente de novas doses de maconha podem ser intensificados ou prolongados.
Pelo fato de apenas mínimas quantidades de THC serem encontradas na urino de usuários, os testes isolam principalmente seus metabólitos. Em usuários agu dos ou ocasionais os metabólitos podem ser identificados por 1 a 3 dias na urina. Já em usuários crônicos (mesmo 2 ou 3 vezes por semana) os testes permanecem constantemente positivos. Um usuário pesado que para de fumar pode ter testes de urina positivos por cerca de 30 dias. Portanto, um único exame positivo não esclarece se o usuário é agudo ou crônico. Múltiplas amostras podem ser necessárias para diferenciar os resultados.
A maconha pode se tornar extremamente tóxica quando está intoxicada com paraquat, um herbicida químico muito venenoso usado para matar plantas indesejáveis. Ele afeta os pulmões e outros órgãos. O pior problema é que muitas vezes este herbicida é dificilmente identificado na maconha (WEIL e ROSEN, 1993).

Efeitos farmacológicos em animais

O THC e outros canabinóides produzem efeitos comportamentais semelhantes numa grande variedade de espécies animais. Em baixas doses produzem um misto de efeitos depressivos e excitatórios e em altas doses, predominantemente efeitos depressores do sistema nervoso central (SNC). THC e anandamida são sedativos e analgésicos (tanto na medula quanto no cérebro), deprimem a atividade motora, deprimem a temperatura corporal, acalmam comportamentos agressivos, potencializam efeitos de barbituratos e outros sedativos, bloqueiam convulsões e diminuem reflexos.
Em primatas, diminui a habilidade para tarefas complexas, parecem induzir alucinações e distorções do tempo. Também aumentam as interações sociais. Altas doses também parecem diminuir a concentração de hormônios sexuais femininos, diminuir a ovulação e também a espermatogênese.

Efeitos farmacológicos no homem

Para uma droga tão bem estudada como a maconha, ainda existem muitas controvérsias sobre os seus efeitos agudos e crônicos no homem, talvez pela falta de trabalhos que estudem o uso da maconha na "vida real". Veremos a seguir o que a literatura atual, baseada nas novas descobertas da psiconeuroendocrinoimunologia, tem a nos dizer:

Efeitos neuropsicológicos

Quatro pesquisadores da Universidade de Washington publicaram um estudo na respeitada revista Journal of Neuroscience mostrando o que ninguém queria acreditar: maconha mata neurônios. O uso crônico da maconha pode levar a déficits cognitivos e perda de tecido cerebral como demonstram inequivocamente os estudos de Daniel Amen.
magens (SPECT) 3D de um cérebro normal Imagens de cérebros de usuários de maconha
Imagens de cérebros de usuários de maconha                   Imagens (SPECT) 3D de um cérebro normal

Sistema cardiovascular

Conforme descrito por Huestis e cols. (1992), o aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial são efeitos comumente observados após o fumo da maconha e são proporcionais à dose. Estes efeitos se devem à ação vagolítica da planta. As veias da córnea se dilatam, provocando a hiperemia observada logo após o uso da substância.

Sistema pulmonar

Em um estudo clássico, Hoffman e cols. (1975) fizeram uma análise dos componentes do tabaco e da maconha e notaram que, com exceção da nicotina no tabaco e do THC na maconha, os outros inalantes eram muito semelhantes.
Tashkin e cols. (1995) encontraram evidências de irritação e inflamação brônquica em usuário de maconha, mas não puderam demonstrar um declínio da função pulmonar a longo prazo, como nos estudo com tabaco.
Também ainda não se pode associar o uso da maconha com o desenvolvimento do câncer de pulmão, mas os cientistas também não podem afirmar que o uso crônico da maconha seja seguro para o tecido pulmonar. Ressalta-se ainda a presença do benzopireno, carcinogênico altamente poderoso, e o benzotraceno, encontrado em uma proporção 50% superior na maconha com relação ao cigarro comum.

Sistema imune

Fora do SNC, existem receptores canabinóides específicos no sistema imune.
O uso prolongado da maconha é associado com vários graus de imunossupressão, que pode desencadear infecções e outras doenças. As evidências a este respeito ainda são inconclusivas, mas deve-se ressaltar que outras drogas depressivas como álcool, harbitúricos, benzodiazepínicos e anticonvulsivantes compartilham esta ação imunossupressora.
O baço e os linfócitos, por sua importância no sistema imune, foram estudados quanto a sua relação com os canabinóides. Kaminski e cols. (1992) identificaram os mesmos receptores de canabinóides em células do baço e Diaz, Specter e Coffey (1993) identificaram os mesmos receptores nos linfócitos. Quando ativados pelo THC estes receptores inibem a resposta imune destas células. Cabral e cols. (1995) reportaram que tanto o THC quanto a anandamida inibem a função de células matadoras de tumores.

Sistema reprodutor

As evidências sobre os danos ao sistema reprodutor e hormônios sexuais estão cada vez mais fortes, em usuários crônicos de maconha. Já se sabe que diminuem os níveis de testosterona e a espermogênese em homens.
Em mulheres, os níveis de LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante) estão diminuídos e podem ocorrer ciclos anovulatórios e irregulares. Todos estes efeitos são reversíveis com a interrupção do uso da droga.

Gestação

Já se sabe que a maconha atravessa a barreira placentária livremente. Fried (1995) pesquisou o efeito do uso de maconha na prole de usuárias e não encontrou dados significativos em crianças de 1 a 3 anos, mas com 4 anos houve aumento dos problemas de comportamento, diminuição da performance visual e cognitiva. A posição pré-natal altera funções de execução e, portanto afeta o lobo pré-frontal da criança em formação.
Estudos recentes relacionam o uso de maconha por mulheres grávidas ao desenvolvimento de leucemia linfoblástica na criança. O THC parece produzir aborto espontâneo, baixo peso ao nascer e deformidades físicas quando dado em períodos específicos da gestação (ZIMMER e MORGAN, 1997).
Alguns estudos revelaram que filhos de mães que fumavam maconha durante a gestação eram menores, ou tinham menor peso (ZIMMER e MORGAN, 1997).

Efeitos da intoxicação

Os efeitos da intoxicação aguda pela Cannabis aparecem após alguns minuto do uso do cigarro e dependem de alguns fatores como a qualidade e quantidade de substância usada bem como do humor, personalidade e experiências prévias com a substância. Estudos demonstram que diferentes efeitos ocorrem em usuários " novos "e "veteranos". Parece que com a repetição o usuário aprende a antecipar, reconhecer e aproveitar mais os efeitos, enquanto um usuário "novo" pode se sentir confuso e tonto. O ambiente e as companhias também influenciam a experiência.

Efeitos psíquicos

  • Euforia e/ou bem estar geral
  • Risos sem motivo
  • Aumento da sociabilidade e comunicação verbal
  • Aumento da percepção de cores, sons, texturas, paladar
  • Aumento da energia mental e criatividade
  • Mudanças de consciência
  • Distorção do tempo e espaço
  • Aumento do apetite ("larica")
  • Prejuízo da concentração e memória
  • Paranóia - geralmente ligada ao fato de saber que está infringindo a lei .Ansiedade e confusão
  • Letargia e sonolência

Efeitos Físicos

  • Hiperemia das conjuntivas
  • Taquicardia
  • Boca seca
  • Retardo e falta de coordenação motora
  • Broncodilatação
  • Tosse

Efeitos Crônicos

O uso crônico da maconha pode levar a danos neuropsicológicos, infertilidade, impotência, problemas respiratórios, deficiência imunológica, agravar problemas
cardíacos e também pode ser a droga precursora para o uso de drogas cada vez, mais fortes.

Efeitos no Campo Bioelétrico

Campo Bioelétrico - NormalCampo Bioelétrico - Normal
Campo Bioelétrico - Normal
Campo Bioelétrico - MaconhaCampo Bioelétrico - Maconha
Campo Bioelétrico - Maconha


Campo Bioelétrico - Normal
Campo Bioelétrico - Normal
Campo Bioelétrico - Maconha
Campo Bioelétrico - Maconha

Mecanismo de dependência

A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual excitante, está associada a um "sistema cerebral de recompensa", assim denominado pelo neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos. Biologicamente, ele tem uma função específica e essencial: garantir n sobrevivência do indivíduo e da espécie, ao dar motivação para comportamentos como comer, beber e reproduzir-se.
Infelizmente, não somente as funções fisiológicas normais estimulam este sistema - relacionado à liberação de dopamina, mas também o fazem o álcool e outras drogas de abuso, e às vezes gerando um prazer muito mais intenso do que as funções naturais (www.adroga.casadia.org/news/sistemaprazer.htm). A dopamina circulante no sistema de recompensa pode ser 10 vezes maior que a encontrado durante prazeres cotidianos, "internos". Diante de tal estimulação, o sistema reduz sua sensibilidade e a pessoa precisa de cada vez mais drogas para produzir os mesmos efeitos. A droga muda o "ponto zero" do sistema de recompensa de ta I forma que nunca mais, com ou sem droga, o mesmo grau de prazer ou recompensa será atingido.

Síndrome de abstinência

A síndrome de abstinência do cannabis não está incluída no DSM-IV pois "os sintomas da abstinência do cannabis... foram descritos... mas suas significâncias clínicas são incertas". Uma revisão realizada em 2002 por Smith concluiu que os estudos não apresentavam forte evidência para a existência da síndrome de abstinência do Cannabis. Esta revisão precedeu a descoberta cientifica dos receptores canabinóides, fato que permitiu estudos mais consistentes e bem controlados. Por tanto, em revisões mais recentes não há mais dúvidas sobre a existência da síndrome de abstinência da maconha.
Sendo o tetrahidrocanabinol (THC) altamente lipofílico (solúvel em gorduras), demora muitos dias para ser eliminado e apenas 20, 25 e, às vezes, 30 dias após último uso é que ocorrem os sintomas de abstinência, incluindo irritabilidade inquietação, angústia, tremores, alterações de sono e de apetite, agressividade além da busca de substância dopaminérgicas como cigarros e/ou café que atuam como o THC, de preferência nos receptores DA2 no núcleo do septo acumbente na área límbica do cérebro (KALINA, 1997). Também por esta propriedade lipofílica, tem sido difícil estudar o THC e os canabinóides relacionados, inclusive fazendo com que alguns pesquisadores sugiram que o efeito se dê através de ação direta n membrana e não mediada por receptor (NESTLER et al., 2001).
Os sintomas são primeiramente emocionais e comportamentais - humor negativo: irritabilidade, ansiedade, depressão; insônia - muito embora a mudança de apetite, perda de peso e desconforto físico sejam freqüentemente citados. O início e curso dos sintomas se mostraram semelhantes àqueles encontrados em síndromes de abstinência provocadas por outras substâncias psicoativas. A magnitude (gravidade destes sintomas foram consistentes e os achados encontrados sugere que a síndrome de abstinência do cannabis tem considerável importância clínica.
O tratamento do ex-usuário de maconha deve incluir o suporte durante a síndrome de abstinência e posteriormente a reabilitação neuropsicoimunendocrinológica deste indivíduo, pois como já foi dito nos itens anteriores, o dano atinge outros órgãos e sistemas além do cérebro.
fonte: Santo Daime Revelado, Drogas, Fraudes e Mentiras – por Gideon dos Lakotas

sábado, 27 de outubro de 2012

Cai o último argumento dos #Maconheiros:a droga é mais perigosa que o álcool e o cigarro sim!! @veja


Cai  o último argumento dos #Maconheiros:a droga é mais perigosa que o álcool e o cigarro sim!! @veja 





Um dos lobbies mais organizados, mais influentes e mais aguerridos do Brasil é o dos maconheiros. Não há, já demonstrei aqui — acho que em centenas de textos —, uma só centelha lógica em seus argumentos. Ao contrário: no fim, tudo termina na mais pura irracionalidade. Não repisarei argumentos. O capítulo 3 de “O País dos Petralhas II” chama-se “Das milícias do pensamento” — um dos subcapítulos tem este título “Da milícia da descriminação das drogas”. Como, em certas franjas, o consumo da maconha — e de algumas outras substâncias — se mistura com hábitos próprios dos endinheirados, a descriminação ganhou porta-vozes influentes. Por incrível que pareça, está presente até na eleição do comando da OAB…
Leiam reportagem de Adriana Dias Lopes, que é capa da VEJA desta semana. Cai por terra a mais renitente — embora, em si, seja estúpida, já demonstrei tantas vezes — tese dos defensores da descriminação da maconha: a de que a droga ou é inofensiva ou é menos danosa à saúde do que o tabaco e o álcool, que são drogas legais. Errado! Leiam trecho da reportagem:
(…)
A razão básica pela qual a maconha agride com agudeza o cérebro tem raízes na evolução da espécie humana. Nem o álcool, nem a nicotina do tabaco; nem a cocaína, a heroína ou o crack; nenhuma outra droga encontra tantos receptores prontos para interagir com ela no cérebro como a cannabix. Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides. Essas substâncias são imprescindíveis na comunicação entre os neurônios, as sinapses. A maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao comprometimento das funções cerebrais. O mais assustador, dada a fama de inofensiva da maconha, é o fato de que, interrompido seu uso, o dano às sinapses permanece muito mais tempo — em muitos casos, para sempre, sobretudo quando o consumo crônico começa na adolescência. Em contraste, os efeitos diretos do álcool e da cocaína sobre o cérebro se dissipam poucos dias depois de interrompido o consumo.
Com 224 milhões de usuários em todo o mundo, a maconha é a droga ilícita universalmente mais popular. E seu uso vem crescendo — em 2007, a turma do cigarro de seda tinha metade desse tamanho. Cerca de 60% são adolescentes. Quanto mais precoce for o consumo, maior é o risco de comprometimento cerebral. Dos 12 aos 23 anos, o cérebro está em pleno desenvolvimento. Em um processo conhecido como poda neural, o organismo faz uma triagem das conexões que devem ser eliminadas e das que devem ser mantidas para o resto da vida. A ação da maconha nessa fase de reformulação cerebral é caótica. Sinapses que deveriam se fortalecer tornam-se débeis. As que deveriam desaparecer ganham força”.
(…)
Leiam a íntegra da reportagem especial na edição impressa da revista e depois cotejem com tudo o que anda dizendo a turma da descriminação, cujo lobby é tão forte que ganhou até propaganda gratuita na TV aberta, o que é um despropósito.
Para encerrar este post, vejam alguns dados cientificamente colhidos sobre os consumidores regulares de maconha:
– têm duas vezes mais risco de sofrer de depressão;
– têm duas vezes mais risco de desenvolver distúrbio bipolar;
– é 3,5 vezes maior a incidência de esquizofrenia;
– o risco de transtornos de ansiedade é cinco vezes maior;
– 60% dos usuários têm dificuldades com a memória recente;
– 40% têm dificuldades de ler um texto longo;
– 40% não conseguem planejar atividades de maneira eficiente e rápida;
– têm oito pontos a menos nos testes de QI;
– 35% ocupam cargos abaixo de sua capacidade.
E, digo eu,  por tudo isso, 100% deles defendem a descriminação…
PS – O lobby da maconha pode desistir. Este blog tem lado nessa questão e não cede a pressões organizadas. Comentários favoráveis à legalização das drogas não serão publicados. Não percam tempo. 
Por Reinaldo Azevedo



quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Um quarto dos pacientes de câncer de 

testículo usa maconha, diz estudo




Levantamento foi feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Pesquisas anteriores também mostram relação entre droga e tumores.

Do G1, em São Paulo
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) fez um levantamento entre pacientes com câncer no testículo e descobriu que um quarto deles usa ou usava maconha com regularidade. Os pesquisadores ouviram cem pessoas, com idade média em torno dos 30 anos.
“O uso crônico de maconha favorece a alteração hormonal”, disse Daniel Abe, urologista do Icesp, órgão que é ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP. “Uma alteração desse eixo hormonal pode favorecer a formação de tumores”, relacionou o médico.
Entre os hormônios afetados, estão o FSH e o LH, que controlam o funcionamento dos testículos, e a testosterona, que é produzida por eles.
Pesquisas anteriores feitas nos Estados Unidos também sugerem relação entre o uso da droga e o surgimento da doença. Os estudos chegaram a essa conclusão depois de comparar hábitos e características de pacientes com câncer aos de homens saudáveis do grupo controle.
Os dados estatísticos mostram que os usuários de maconha estão mais propensos a tumores, especialmente aos não seminoma – um tipo agressivo de tumor no testículo. Os autores indicam ainda que é preciso avançar nos estudos de receptores canabinoides para entender o mecanismo que liga a maconha e o câncer.
‘Altamente curável’
“O tumor de testículo é altamente curável”, afirmou Daniel Abe. “Se o diagnóstico é feito antes que ele se espalhe, a chance de cura fica entre 90% e 95%”, completou. O especialista disse ainda que, mesmo que outros órgãos já tenham sido atingidos, há boas chances de cura.
Segundo o médico, o câncer de testículo é raro, mas é o mais comum na faixa etária entre 15 e 34 anos.

Riscos da maconha são '



subestimados', dizem especialistas

Chance de câncer para usuário diário seria a mesma de quem fuma um maço de cigarros por dia.


Médicos britânicos fazem alerta contra a maconha (Foto: AFP/BBC)Médicos britânicos fazem alerta contra a maconha
(Foto: AFP/BBC)
Especialistas alertam que o público perigosamente subestima os riscos de saúde ligados a fumar maconha.
A Fundação Britânica do Pulmão (BLF, na sigla em inglês) realizou um levantamento com mil adultos e constatou que um terço erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde.
E 88% pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha -- quando um cigarro de maconha traz os mesmos riscos de um maço de cigarros.
A BLF afirma quer a falta de consciência é "alarmante".
Amplamente utilizado
Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.
Um novo relatório do BLF diz que há ligações científicas entre fumar maconha e a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.
O uso de cannabis também tem sido associado ao aumento da possibilidade de o usuário desenvolver problemas de saúde mental, como a esquizofrenia.
Parte da razão para isso, dizem os especialistas, é que as pessoas, ao fumar maconha, fazem inalações mais profundas e mantêm a fumaça por mais tempo do que quando fumam cigarros de tabaco.
Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco, e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.
A pesquisa descobriu que particularmente os jovens desconhecem os riscos.
'Campanha pública'
Quase 40% dos entrevistados com até 35 anos de idade -- a faixa etária mais propensa a ter fumado cannabis -- acreditam que maconha não é prejudicial.
No entanto, cada cigarro de cannabis aumenta suas chances de desenvolver câncer de pulmão para o equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, a BLF advertiu.
A chefe-executiva da BLF, Helena Shovelton, disse: "É alarmante que, enquanto pesquisas continuam a revelar as múltiplas consequências para a saúde do uso de maconha, ainda há uma perigosa falta de sensibilização do público sobre o quão prejudicial esta droga pode ser".
"Este não é um problema de nicho -- a cannabis é uma das drogas recreativas mais utilizadas no Reino Unido, já que quase um terço da população afirma ter provado".
"Precisamos, portanto, de uma campanha de saúde pública -- à semelhança das que têm ajudado a aumentar a conscientização sobre os perigos de se comer alimentos gordurosos ou fumar tabaco -- para finalmente acabar com o mito de que fumar maconha é de algum modo um passatempo seguro.'
O relatório do BLF recomenda a adoção de um programa de educação pública para aumentar a conscientização do impacto de fumar maconha e um maior investimento na pesquisa sobre as consequências para a saúde de seu uso.

Adolescentes que fumam maconha podem se tornar adultos menos inteligentes, segundo um novo estudo feito em conjunto por pesquisadores britânicos e neozelandeses.
Os resultados, publicados na revista científica americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), apontam que o quoeficiente de inteligência, o famoso QI, sofre uma redução pelo uso contínuo da planta da espécie Cannabis sativa.
Foram avaliadas 1.037 pessoas (52% homens) nascidas entre 1972 e 1973 na cidade neozelandesa de Dunedin. A maioria foi acompanhada dos 3 aos 38 anos de idade.
De acordo com os autores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, da Universidade Duke e do King’s College de Londres, ambos no Reino Unido, o prejuízo psicológico e cognitivo – ligado a áreas como atenção, raciocínio e memória – é maior entre os usuários mais jovens.
De acordo com estudo da Unifesp, 8 milhões de brasileiros disseram já ter experimentado a droga alguma vez na vida. (Foto: David McNew/Getty Images/AFP)Segundo um estudo conduzido pela Unifesp e divulgado no início do mês, 8 milhões de adultos brasileiros admitem já terem experimentado maconha ,alguma vez na vida (Foto: David McNew/Getty Images/AFP)
Os pré-adolescentes também tendiam a se tornar usuários persistentes anos mais tarde. Segundo os cientistas, liderados pela pesquisadora Madeline Meier, os efeitos tóxicos da maconha sobre o cérebro continuaram se manifestando no dia a dia mesmo depois da interrupção do uso, de os indivíduos passarem por anos de educação formal e de evitarem outras drogas – incluindo as lícitas, como o álcool.
Os problemas cognitivos foram relatados também por pessoas que conheciam bem os voluntários. De acordo com os autores, como a interrupção ou a diminuição do consumo deCannabis não foi capaz de restaurar completamente o funcionamento cerebral, isso pode estar ligado ao fato de a adolescência ser uma fase de grande desenvolvimento do órgão.
Os pesquisadores concluem, então, que deve haver um esforço conjunto para retardar o início do uso da maconha, na tentativa de minimizar seus danos à inteligência.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Audiência Pública contra a legalização da Maconha em Brasilia.

Comissão de Seguridade e Família debaterá uso da maconha para a saúde
Audiência pública foi requerida pelo deputado Roberto de Lucena e terá a participação de especialistas

A Comissão de Seguridade Social e Família vai realizar audiência pública nesta quinta-feira (26/04), às 14h30, no Plenário 7, para discutir os benefícios e malefícios do uso da maconha para a saúde.

A iniciativa do debate é do deputado Roberto de Lucena (PV-SP). “Diante de toda polêmica gerada em torno da descriminalização do uso da maconha e diante de tantas dúvidas sobre os reais benefícios que a erva proporciona, entendemos que a Comissão de Seguridade Social e Família não deve ficar fora deste importante debate. Assim, deve buscar as respostas que a sociedade anseia obter sobre o assunto.”, afirma Lucena.

Convidados

Foram convidados para a reunião o psicólogo, deputado estadual de São Paulo, advogado e coronel da reserva da Polícia Militar, Edson Ferrarini; o neurobiólogo, mestre em biologia molecular, doutor em neurociências, professor adjunto do departamento de fisiologia da Universidade de Brasília e coautor, com Sidarta Ribeiro, do livro "Maconha, Cérebro e Saúde”, Renato Malcher Lopes; o escritor e pesquisador Gideon dos Lakotas; e a psicóloga clínica com especialização em saúde mental Marisa Lobo palestrante da secretaria anti drogas de Curitiba e coordenadora nacional da campanha @maconhanão..

Fonte: Assessoria com Agência Câmara de Notícias

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Marisa Lobo afirma é Perseguição Religiosa é o que as comunidades terapêuticas e todos os profissionais da psicologia sofrem

 
Perseguição Religiosa é o que as comunidades terapêuticas e todos os profissionais da psicologia que se declaram Cristãos sofrem  afirma Marisa Lobo coordenadora Nacional da Campanha contra  a legalização da maconha e outras Drogas , que tem sido vítima de perseguição religiosa. por defender exatamente as comunidades terapêuticas e a questão da não legalização das drogas bem como o internamento compulsório em casos graves.
o que contraria a posição do Conselho federal de psicologia.


Segundo (CFP) Comunidades Terapeutica e   afins vão ficar fora das políticas públicas do Sus. Marisa Lobo psicóloga e cristã questiona.

Conselho de psicologia através de seu presidente quer acabar com as comunidades terapêuticas, por preconceito religioso.. Diz a psicóloga Marisa Lobo que luta a desde 2008 por um tratamento digno e reconhecimento do trabalho das comunidades terapêuticas em Todo Brasil bem como trabalhos religiosos desempenhado pela pastoral da sobriedade e outras entidades que trabalham com a questão espiritual como uma das formas de ajuda no tratamento
Essas entidades que se organizaram em reunião com Conselho federal de psicologia não têm poder sobre a vida, estão subestimando o poder do vício, e se achando “Deus” 

O Conselho Federal de Psicologia tem organizados reuniões organizando um frente Nacional dentro do conselho, para contrapor o próprio plano nacional de enfrentamento ás drogas já relançado no final de 2011, pela presidenta Dilma Hussef, e toda sua equipe ministerial e contou com apoio de entidades, de direitos humanos, terceiro setor tão importantes no tratamento de enfrentamento ás drogas.



Estive presente e pude observar o esforço de todo um governo e parlamentares preocupados com a questão das drogas, e como a própria presidenta reconheceu o esforço o trabalho digno das comunidades terapêuticas e afins declarando que não há receita pronta para a questão das drogas e que estaríamos aprendendo juntos, inclusive lembra bem, da parte onde pedia claramente para que todos nós abaixássemos nosso orgulho, e reconhecêssemos que precisamos um do outro. Bem como me emocionei quando Ela a Presidenta, Dilma Hulseff reconheceu o trabalho da igreja e da fé no tratamento e enfrentamento ás drogas.

Fiquei consternada com a falta de entendimento e de amor a vida humana e suas famílias, de um conselho que nos cobra tanto e tem se comportado de forma, alienadora nos acusam de segregadores e não tem percebido que tem se tornado um, em nome de “Direitos Humanos” que em minha opinião aprece mais uma bandeira em prol de alguns que nem sequer sabem o seu real significado.

Recentemente o Conselho Federal de Psicologia ( CFP) organizou uma frente com o nome de nacional, embora com poucos adeptos, e simplesmente definiu como quer que seja o tratamento do usuário de drogas e é claro que as palavras da Presidenta não foram entendidas. Ao conselho não cabe ideologias partidárias, e assumindo esta posição está fazendo exatamente o que?

Ao evento foi dado o nome Frente Nacional de Entidades pela Cidadania, Dignidade e Direitos Humanos na Política Nacional sobre Drogas, aconteceu nesta quarta-feira, 1º de fevereiro de 2012. A Frente reúne entidades e movimentos sociais brasileiros em prol da luta por uma política sobre drogas norteada pela política antimanicomial e pela reforma psiquiátrica brasileira.

Diz a nota :A frente Nacional de Entidades pela Cidadania, Dignidade e Direitos Humanos na Política Nacional sobre Drogas elegeu os seguintes princípios:

Vamos analisar um por um, e vejam como é perseguição religiosa.

CFP: 1. DEFENDER O PACTO VOLUNTÁRIO POR ADESÃO DE ENTIDADES E MOVIMENTOS DA SOCIEDADE CIVIL COM A FINALIDADE DE ORGANIZAR O DEBATE E CONSTRUIR ESTRATÉGIAS DE LUTA EM PROL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS BASEADA NA DIGNIDADE E DIREITOS HUMANOS;

Enquanto eles debatem, as Igrejas, AA, NA, Pastoral da sobriedade, profissionais Comunidades Terapêuticas e voluntários em sua maioria Cristãos já há muitos anos, desenvolvem sem receber o mínimo de respeito e recursos um trabalho sofrido em sua maioria voluntário, dedicando sua vida e seu tempo respeitando os direitos há vida digna do viciado e de sua familia, dedicando tempo, amor as essas pessoas dignamente.
Importante salientar que o fato de existir “frutas podres no cestos”, não lhes dá o direito de afirmar que todo o trabalho desse heróis é puro lixo, pois é o que dão a entender.

CFP:    2.  DEFENDER O ESTADO LAICO;
Ser Laico não significa seu ateu, o nosso país não é ateu essa idéia tem que ser combatida, é mais de 98% cristãos católicos, evangélicos, espíritas, etc outra parte é Judeu, e outras religiões e todas independente de suas doutrinas acreditam em Deus sim, e nós independente de nossa profissão, de nossos vícios temos que ser respeitados nessa máxima.O direito de professar nossa fé e ser orientada por ela, e dar o direito ao ser humano que sofre saber que existe um Deus capas de devolver sua sanidade, ainda que seja no extremo de sua dor, ainda que seja quando se vê esgotadas todas suas saídas técnicas, e recursos. Ninguém tem esse direito.

CFP:  3.  DEFENDER A CONSOLIDAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO SUS, DO SUAS E DE TODAS AS POLÍTICAS PÚBLICAS COM PARTICIPAÇÃO POPULAR E O RESPEITO ÀS DECISÕES DAS CONFERÊNCIAS;
Querem é limitar o tratamento, monitorar todas as ações, defendo todas as políticas públicas? Inclusive o direcionamento dos recursos? Ou querem impedir de fato o trabalho das comunidades de das Igrejas já que não concordam claramente com elas. 

CFP:  4. DENUNCIAR AS AÇÕES CONSERVADORAS, POLICIALESCAS, HIGIENISTAS E CRIMINALIZADORAS CONTRA AS POPULAÇÕES FRAGILIZADAS;
Denuncias as ações conservadoras? Como o que, por exemplo? É claro que estão se referindo ás igrejas, a religião a fé, e mais uma vez estão vitimizando o ser humano. Precisamos sim olhar por essas pessoas  recuperando inclusive valores. Perdidos.

CFP  5. DEFENDER UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA EM UMA PERSPECTIVA DE GARANTIA DE DIREITOS E NÃO DA REPRESSÃO POLICIAL;

Falam tanto em direitos humanos e colocam o ser humano na condição de animal, que não pode responder pelos seus atos, tratam o usuário como se ele fosse um incapaz, tiram dele o direito de lutar ser protagonista de sua história de vida e não de morte. Estão sim empurrando este ser humano a quem dizem defender para um abismo, sem esperança o único direito que vejo é o direito de morrer de forma digna?  Eu, Marisa Lobo tenho compromisso em motivar o ser humano a viver, a lutar pela sua dignidade..

CFP 6. CONTRA A INCLUSÃO DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS E AFINS NA REDE DE SERVIÇOS DO SUS;

Aqui exatamente, O conselho de psicologia deixa claro que é perseguição religiosa, pois está excluindo aqueles que estão nesta história de políticas públicas informalmente, mas estão e fizeram e fazem parte dela há muitos anos.
Na hora que um filho de um político, de um secretário vê sua casa desmoronar por conta das drogas geralmente é nas comunidades terapêuticas que ele encontra apoio.
Quero deixar claro que entendo que existam comunidades aquém, do que acreditamos ser um tratamento digno, porém, é injusto por erros de alguns discriminarem e acusar todas as comunidades, não levando em conta que a sua maioria trabalham luta, pela vida e agem sim com muita dignidade. Com seus internos.

CFP  7. AMPLIAR O DEBATE PÚBLICO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E COM A SOCIEDADE SOBRE O TEMA DAS DROGAS DEFENDENDO A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS;

Concordo sim, este debate deveria haver, porém as igrejas, a sociedade religiosa, nunca são convidadas, pois são excluídas destes, então não entendo quem decide o que é direitos humanistas, políticas Públicas.


CFP:  8. ASSUMIR OS PRINCÍPIOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL E DA REDUÇÃO DE DANOS QUE TEM NORTEADO A REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA, REIVINDICANDO QUE SEJAM ADOTADOS NA POLÍTICA SOBRE DROGAS;

Um reforma, boa por um lado más em se tratando de crack, sabemos da necessidade de internamento. O tratamento muitas vezes sem internação não funciona, e pode em muitos casos colocar a vida do cidadão e de terceiros em risco e essa possibilidade deve ser avaliada  com muito responsabilidade e menos paixões. Não temos recursos de pessoal treinado, por exemplo, dá para contar nos dedos o numero de profissionais no Brasil com experiência


CFP:  9. POR UMA POLÍTICA INCLUSIVA E INTEGRAL DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS QUE USAM DROGAS CONTEMPLANDO AÇÕES DE TRABALHO, HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, CULTURA, ARTE, ESPORTE, ACESSO À JUSTIÇA, SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL;

Que utopia!! Bem se vê que não entendem nada de tratamento, de vicio e de realidade política habitacional de saúde pública de nosso país, muito bonito, porém quem vai pagar a conta, o ônus, dessa perfeição? Quer dizer que por ser usuário de droga vão ter todos esses direitos?Cotas? E o trabalhador que não é usuário, que precisa de toda inclusão. Inversão mais uma prova de que estão vitimizando tratando como incapaz  abrindo precedentes. Para aproveitadores sem respeitar os deveres, a responsabilidade do cidadão valores que deve ser resgatado isso é dignidade humana, é ensiná-lo a conquistar a querer sair dessa vida. sem perspectiva alguma.


CFP: 10. CONTRA A ATUAL POLÍTICA PROIBICIONISTA DE DROGAS, ARTÍFICE PARA A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA, E DEFENDER UMA MUDANÇA NA ATUAL LEI (OU POLÍTICA) DE DROGAS FUNDADA NO RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS DE TODA A POPULAÇÃO BRASILEIRA.

Se liberar drogas fosse bom, fosse resolver o problema nacional de segurança, de saúde pública, habitação, violência não teria tantos problemas com álcool e cigarro, que são considerados os maiores problemas de saúde pública do nosso país de segurança. Mortes de transito, violência contra mulher, abuso  sexual, assassinatos um custo para a nação que ultrapassa os impostos arrecadados . Uma ignorância sem tamanho, não estou entendo onde querem chegar com esse abuso, com essa falta de discernimento e entendimento que a legalidade pode sozinha não funcionar, mas é uma das vias de prevenção que precisamos lançar mão para nos defender e defender o próprio usuário dele mesmo.


Realmente estamos vivendo mais uma ditadura do conselho federal de psicologia que ousa ir contra até mesmo o plano nacional de enfrentamento ás drogas e ao crack, enfrentando a questão da religião da fé cristã, e favorecendo a legalização de drogas. Temos que acordar e ajudar nossos pastores e padres e tantos profissionais cristãos que doam sua vida seu tempo a salvar vidas. É claro que existe sim perseguição.
Dia 09/02 fui convocada a me apresentar no conselho regional de psicologia, para me explicar por minhas declarações e por não concordar com as ações do Conselho federal de psicologia. Mas uma vez vamos ser perseguidos. Por questões religiosas. Absurdo.
Por Marisa Lobo

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