Um quarto dos pacientes de câncer de
testículo usa maconha, diz estudo
Levantamento foi feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Pesquisas anteriores também mostram relação entre droga e tumores.
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) fez um levantamento entre pacientes com câncer no testículo e descobriu que um quarto deles usa ou usava maconha com regularidade. Os pesquisadores ouviram cem pessoas, com idade média em torno dos 30 anos.
“O uso crônico de maconha favorece a alteração hormonal”, disse Daniel Abe, urologista do Icesp, órgão que é ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP. “Uma alteração desse eixo hormonal pode favorecer a formação de tumores”, relacionou o médico.
Entre os hormônios afetados, estão o FSH e o LH, que controlam o funcionamento dos testículos, e a testosterona, que é produzida por eles.
Pesquisas anteriores feitas nos Estados Unidos também sugerem relação entre o uso da droga e o surgimento da doença. Os estudos chegaram a essa conclusão depois de comparar hábitos e características de pacientes com câncer aos de homens saudáveis do grupo controle.
Os dados estatísticos mostram que os usuários de maconha estão mais propensos a tumores, especialmente aos não seminoma – um tipo agressivo de tumor no testículo. Os autores indicam ainda que é preciso avançar nos estudos de receptores canabinoides para entender o mecanismo que liga a maconha e o câncer.
‘Altamente curável’
“O tumor de testículo é altamente curável”, afirmou Daniel Abe. “Se o diagnóstico é feito antes que ele se espalhe, a chance de cura fica entre 90% e 95%”, completou. O especialista disse ainda que, mesmo que outros órgãos já tenham sido atingidos, há boas chances de cura.
“O tumor de testículo é altamente curável”, afirmou Daniel Abe. “Se o diagnóstico é feito antes que ele se espalhe, a chance de cura fica entre 90% e 95%”, completou. O especialista disse ainda que, mesmo que outros órgãos já tenham sido atingidos, há boas chances de cura.
Segundo o médico, o câncer de testículo é raro, mas é o mais comum na faixa etária entre 15 e 34 anos.
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