Consumo crônico de maconha prejudica função sexual | |||
por Danilo Baltieri |
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terça-feira, 13 de agosto de 2013
Como funciona a maconha
por Kevin Bonsor - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Neste artigo
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A maconha e o cérebro
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A maconha e o cérebro
O THC é uma substância química bastante potente quando comparado às outras drogas psicoativas. Uma dose intravenosa (IV), de apenas um miligrama (mg), pode produzir sérios efeitos mentais e psicológicos. Uma vez na corrente sanguínea, o THC alcança o cérebro em poucos segundos após ser inalado, e começa a agir imediatamente.
Os usuários de maconha normalmente descrevem a experiência do fumo inicialmente como relaxante, criando uma sensação de nebulosidade e leveza. Os olhos dos usuários podem dilatar, causando a impressão de que as cores possuem maior intensidade. Outros sentidos também podem se alterar. Depois, sentimentos de paranóia e pânico também podem se manifestar nos usuários. A interação do THC com o cérebro é o que causa estes sentimentos. Para entender como a maconha afeta o cérebro, você precisa saber sobre as partes do cérebro que são afetadas pelo THC:
- neurônios são as células que processam as informações no cérebro. Substâncias químicas chamadas neurotransmissorespermitem que os neurônios comuniquem-se entre si;
- neurotransmissores preenchem a fenda sináptica ou sinapse - espaço entre dois neurônios - e se ligam aos receptores de proteína, que ativam diversas funções e permitem ao cérebro e ao corpo ligar e desligar;
- alguns neurônios possuem milhares de receptores que são específicos para neurotransmissores em particular;
- substâncias químicas estranhas, como o THC, podem copiar ou bloquear as ações dos neurotransmissores e interferir nas funções normais.
Em seu cérebro, existem grupos de receptores canabinóides concentrados em diferentes lugares. Estes receptores possuem efeitos em diversas atividades mentais e físicas, incluindo:
- memória de curto prazo
- coordenação
- aprendizado
- soluções de problemas
Receptores canabinóides são ativados por um neurotransmissor chamadoanandamida. A anandamida pertence ao grupo das substâncias químicas chamadas de canabinóides. O THC também é uma substância deste grupo e copia as ações da anandamida, o que significa que o THC se liga aosreceptores canabinóides ativando os neurônios, com efeitos adversos sobre o próprio cérebro e o restante do corpo.
Existem altas concentrações de receptores canabinóides no hipocampo,cerebelo e nos gânglios basais. O hipocampo está localizado no lobo temporal sendo importante para a memória de curto prazo. Quando o THC se liga aos receptores canabinóides dentro do hipocampo, interfere na lembrança de eventos recentes. O THC também afeta a coordenação, que é controlada pelo cerebelo. Os gânglios basais controlam os movimentos involuntários dos músculos, o que apenas debilita, ainda mais, a coordenação motora quando sob a influência da maconha.
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A maconha e o cérebro
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Fumar maconha na adolescência prejudica a inteligência afirma estudo americano.
Mais uma pesquisa para aumentar a discussão sobre o uso de maconha. Se por um lado ela faz menos mal aos pulmões do que o cigarro, por outro, pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e King’s College, na Inglaterra, descobriram recentemente que usar maconha na adolescência pode diminuir seu QI (quociente de inteligência).
O teste foi feito com pouco mais de mil pessoas, entre homens e mulheres, da Nova Zelândia, nascidas entre 1972 e 1973. Aos 13 anos, os pesquisadores passaram a eles um teste de QI – repetido 25 anos depois, quando já beiravam os 40. Nesse meio tempo, os voluntários foram convocados cinco vezes (aos 18, 21, 26, 32 e 38 anos) para responder perguntas sobre o uso de maconha.
Entre os participantes, aqueles que haviam começado a fumar na adolescência, lá pelos 18 anos, apresentaram uma redução de 8 pontos no QI, em comparação ao resultado alcançado aos 13 anos. Eles também se mostravam mais desatentos e tinham uma memória fraca. Já os usuários que começaram a fumar depois dessa idade não tiveram nenhum prejuízo mental.
Segundo pesquisadores, a adolescência é a pior fase para fumar maconha ou usar qualquer outro tipo de entorpecente, já que o cérebro passa por um surto rápido de crescimento. Aí qualquer substância tóxica pode interferir e atrapalhar esse desenvolvimento.
E aí, o que você pensa sobre maconha? Dá para liberar depois dos 18 anos ou ela deveria ser eliminada de uma vez?
Crédito da foto: flickr.com/edwardthebonobo
Fonte : http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/fumar-maconha-na-adolescencia-prejudica-a-inteligencia/A maconha na cabeça dos adolescentes
Pesquisa brasileira sugere que o uso dessa erva antes dos 15 anos prejudica funções mentais no futuropor Theo Ruprecht / ilustração Nik NevesSe as bebidas alcoólicas e o tabaco saíssem de cena, a maconha seria a droga mais consumida no mundo. No Brasil, cerca de 9% da população a usa ou ao menos a usou regularmente. Hoje em dia, estima-se que 65% das pessoas têm acesso fácil a ela. Dados como esses preocupam muitos pais, que veem com frequência relatos de supostos malefícios da erva Cannabis sativa para a cabeça de seus filhos. Mas a questão é que, até agora, poucos experimentos sérios foram realizados sobre a influência da marijuana no desenvolvimento mental dos adolescentes. Em outras palavras, há muita opinião para poucos fatos concretos
Em meio a esse cenário, a psicóloga Maria Alice Fontes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizou uma bateria de testes cognitivos em 104 usuários crônicos desse entorpecente. Parte deles havia começado a fumar quase todos os dias antes dos 15 anos, enquanto a outra adotou o baseado após essa idade. No estudo, finalista do Prêmio SAÚDE de 2011, a turma mais precoce obteve os .piores resultados nas avaliações. "Esse grupo específico apresentou um déficit de memória, atenção e capacidade de se organizar", destaca Maria Alice. "Ele ainda continha mais indivíduos que insistiam nos mesmos erros", completa.
O uso da maconha é três vezes mais comum entre os rapazes. O pico de consumo se dá na faixa dos 18 aos 24 anos
Curiosamente, quem passou a fumar maconha só mais velho alcançou uma performance muito semelhante ao de voluntários que nunca tiveram o costume de utilizar o alucinógeno. "Mas isso ainda não quer dizer que ele é inofensivo a partir dessa idade. Será necessário fazer outro trabalho para verificar essa hipótese", ressalta Paulo Jannuzzi Cunha, neuropsicólogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) que também esteve envolvido no projeto.
Curiosamente, quem passou a fumar maconha só mais velho alcançou uma performance muito semelhante ao de voluntários que nunca tiveram o costume de utilizar o alucinógeno. "Mas isso ainda não quer dizer que ele é inofensivo a partir dessa idade. Será necessário fazer outro trabalho para verificar essa hipótese", ressalta Paulo Jannuzzi Cunha, neuropsicólogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) que também esteve envolvido no projeto.
De qualquer modo, há um elo entre inalar a fumaça da Cannabis durante os primeiros anos da juventude e uma cabeça, digamos, mais fraca. "O cérebro conta com um sistema com o nome de endocanabinoide. Ele regula, entre outras coisas, a fome, o sono, a atenção e a memória. E a maconha afeta todo o seu funcionamento", explica Maria Alice. É que o THC, princípio ativo da maconha, toma o lugar de uma substância chamada anandamida, fabricada pelo próprio organismo e que atua nesse circuito. Aí, ela sobraria na massa cinzenta, o que, na teoria, acabaria desregulando a estrutura mental como um todo. Daí, as consequências para um sistema nervoso ainda em evolução seriam bastante danosas.
Quantidade é qualidade
"Ficamos assustados com o número de cigarros de maconha fumados pelos voluntários. Era uma média de dois por dia", afirma Maria Alice. E, quanto maior o consumo, pior o desempenho nos exames. Até porque mesmo os efeitos agudos da droga, a exemplo da percepção de mundo alterada e da desatenção, dificultam o aprendizado, tanto na escola como em casa. Isso, por sua vez, traz um obstáculo a mais para a resolução dos testes da pesquisa brasileira — e para todos os outros que surgem ao longo da vida.
O levantamento feito pela Unifesp estabelece uma associação entre o consumo da Cannabis sativa antes dos 15 anos e déficits cognitivos. Contudo, ele não define o que causa o quê, porque não dá para saber se foi a droga que gerou as falhas na cabeça ou se, por outro lado, os sujeitos com uma cognição menos privilegiada teriam, naturalmente, uma maior tendência a dar tragadas e mais tragadas. "Para resolver essa pendência, é necessário testar voluntários antes, ao longo e depois do período em que começarem a fumar, um processo complicado e demorado", explica o neurocientista Renato Malcher Lopes, da Universidade de Brasília. Assim sendo, é impossível dizer com todas as letras que maconha é sinônimo de tilts duradouros no cérebro.
A lógica, aliás, assemelha-se com a relação descoberta entre essa erva e a depressão. Enquanto há gente que acredita na hipótese de que ela seria o estopim desse mal em alguns casos, outros creem que quem sofre com o problema vê nela uma espécie de relaxante. "Existem mesmo pacientes psiquiátricos que a utilizam como medicamento. Mas isso não é indicado, principalmente sem a orientação de um profissional", reflete Jannuzzi Cunha.
O que realmente está consolidado é a influência da marijuana em um quadro que atende pela alcunha de síndrome amotivacional. Como o próprio nome diz, trata-se de um transtorno em que o adolescente fica extremamente desmotivado com os afazeres diários, especialmente dos mais tediosos, como a lição de casa. Falta averiguar se os efeitos persistem quando o uso é interrompido.
Também se sabe que a droga é capaz de desencadear surtos esquizofrênicos. E existe o risco de isso ocorrer mesmo em quem experimentou um baseado só uma vez. "A maconha não origina a esquizofrenia. Na verdade, ela pode antecipar uma crise em indivíduos com a doença", informa Malcher Lopes. Como todo pai bem sabe, para prevenir a adição não existe um guia único que funcione para todo filho. Até mesmo os especialistas não conseguem apontar estratégias que eliminem completamente — e em todos os casos — o risco de o jovem abusar de um entorpecente qualquer. Porém, há fatores genéricos que diminuem a probabilidade de esse problema dar as caras. São eles: não viver em uma casa com violência doméstica, possuir pais casados e ter um laço afetivo com os dois, ir bem na escola e não ver constantemente familiares com um cigarro de qualquer tipo na boca.
Prender o jovem em casa só piora a situação. Outro tiro pela culatra é tentar convencer a próxima geração de que a maconha traz sensações desagradáveis. A ordem é passar informação de qualidade e, acima de tudo, monitorar. "O pai precisa saber onde o adolescente está e quando e em que estado ele volta para casa", resume Arthur Guerra, psiquiatra do Centro de Informação sobre Saúde e Álcool, em São Paulo. A estratégia, no fim, é a mesma para evitar que o jovem se meta em uma série de encrencas: educação e acompanhamento.
Em outras partes do corpo
Há quem diga que a protagonista desta reportagem, quando presente desde a puberdade, abala a coordenação motora. Agora, justiça seja feita, isso só acontece — se acontecer — logo depois do uso. Outro suposto prejuízo seria a infertilidade, porque há experimentos relacionando a maconha com espermatozóides mais preguiçosos do que o normal. "Entretanto, isso não se reflete em estudos populacionais. Aparentemente, ela não gera uma maior dificuldade para ter filhos", contrapõe o psiquiatra Ivan Mario Braun, do HC.
Há quem diga que a protagonista desta reportagem, quando presente desde a puberdade, abala a coordenação motora. Agora, justiça seja feita, isso só acontece — se acontecer — logo depois do uso. Outro suposto prejuízo seria a infertilidade, porque há experimentos relacionando a maconha com espermatozóides mais preguiçosos do que o normal. "Entretanto, isso não se reflete em estudos populacionais. Aparentemente, ela não gera uma maior dificuldade para ter filhos", contrapõe o psiquiatra Ivan Mario Braun, do HC.
Uma porta de entrada?
"As pessoas podem progredir da maconha para outra droga. Mas isso é somente uma associação, e não uma regra", relata Ivan Mario Braun. Um possível motivo é o desejo de a pessoa, ao longo do tempo, querer experimentar outras, digamos, viagens alucinógenas. "Um grande problema é que o usuário geralmente compra maconha do traficante. E esse oferece outras substâncias junto para aumentar seus próprios lucros", afirma Jannuzzi Cunha.
A maconha em números
- 67% dos usuários começam a fumar maconha entre 12 e 17 anos;
- 16% entre 18 e 25;
- 5,5% acima dos 25;
- 1,5% com menos de 12;
- 9% dos indivíduos que fumam maconha ficam viciados;
- O número sobe para 16% se o consumo se inicia nos primeiros anos da adolescência;
- 65,1% das pessoas têm acesso fácil à Cannabis Sativa;
- 3 anos é o tempo que transcorre, em média, do momento da experimentação até o uso crônico. Mas, claro, muita gente para antes disso;
- É a droga ilícita mais consumida no mundo.
- 67% dos usuários começam a fumar maconha entre 12 e 17 anos;
- 16% entre 18 e 25;
- 5,5% acima dos 25;
- 1,5% com menos de 12;
- 9% dos indivíduos que fumam maconha ficam viciados;
- O número sobe para 16% se o consumo se inicia nos primeiros anos da adolescência;
- 65,1% das pessoas têm acesso fácil à Cannabis Sativa;
- 3 anos é o tempo que transcorre, em média, do momento da experimentação até o uso crônico. Mas, claro, muita gente para antes disso;
- É a droga ilícita mais consumida no mundo.
O uso medicinal
Estuda-se muito o potencial da maconha contra consequências do câncer. Afinal, ela dá fome, aplaca dores e pode trazer sensação de bem-estar. Todavia, o tema gera polêmica. "A erva atua como vários remédios ao mesmo tempo e, se não há exagero, as reações adversas são poucas", defende Malcher Lopes. "Mas vicia e seu efeito alucinógeno compromete o dia a dia. Por isso, deveria ser empregada como um último recurso", diz Ivan Mario Braun, psiquiatra do HC.
Estuda-se muito o potencial da maconha contra consequências do câncer. Afinal, ela dá fome, aplaca dores e pode trazer sensação de bem-estar. Todavia, o tema gera polêmica. "A erva atua como vários remédios ao mesmo tempo e, se não há exagero, as reações adversas são poucas", defende Malcher Lopes. "Mas vicia e seu efeito alucinógeno compromete o dia a dia. Por isso, deveria ser empregada como um último recurso", diz Ivan Mario Braun, psiquiatra do HC.
Casal e adolescente são flagrados com 640 quilos de maconha em MS
Flagrante foi feito no Jardim Itamaracá, região sul de Campo Grande. Segundo a Cigcoe, droga estava em carro e seria levada a Goiás.
Um casal foi preso e um adolescente de 17 anos foi apreendido com 643 quilos de maconha, no fim da tarde de segunda-feira (12), em uma casa no Jardim Itamaracá, região sul de Campo Grande. Segundo a Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), os tabletes da droga estavam em um veículo utilitário.
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O homem de 30 anos e a mulher de 36 alegaram que transportariam o entorpecente até Goiás, de acordo com a Cigcoe.
A prisão e a apreensão foram feitas por meio do serviço de inteligência da Polícia Militar (PM).
A maconha foi levada à Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) e os envolvidos encaminhados à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga.
O homem permanece na delegacia, a mulher foi conduzida à 2ª Delegacia de Policia Civil e o adolescente foi encaminhado a uma Unidade Educacional de Internação (Unei).
Fonte : globo.com
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