quarta-feira, 23 de março de 2011

Psiquiatra rejeita legalização da maconha.

Médico afirma que sistema de saúde atual não consegue amparar nem os dependentes de drogas lícitas
debate promovido pela ABP


FONTE :http://www.rac.com.br/saude/noticias/66896/2010/11/03/psiquiatra-rejeita-legalizacao-da-maconha.html

A liberação da maconha é importante tema de debate social ao redor do mundo e este debate aconteceu também, no 28º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado pela Associação Brasilleira de Psiquiatria (ABP), em Fortaleza. “A discussão desse tema é uma guerra que envolve dimensões importantes, como a economia, cultura, valores morais, crenças, problemas sociais, saúde pública e política”, disse Marco Antonio Bessa, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria e secretário do Departamento de Dependência Química da ABP.

Segundo Marco, o debate irá ficar mais acirrado daqui para frente porque quem defende a legalização, possui posições muito claras. Entre os que são contra, ele disse que “está a maioria dos psiquiatras”, justamente porque sabem que o consumo de drogas tem um alto custo para a sociedade, causando doenças graves e trazendo a necessidade de tratamentos. “Mesmo se a maconha não tivesse os efeitos psicoativos, que todo mundo sabe que ela tem, o ato de tragar já é um mau hábito para a saúde”, argumentou.

Para o médico, o debate sobre a legalização surgiu para abafar a discussão do controle da propaganda do álcool, “responsável por danos à saúde maiores do que qualquer outra droga”. E, dentre os que o médico considera financiadores envolvidos na campanha a favor da legalização, citou a imprensa, através de empresas como as Organizações Globo, a da Folha de São Paulo, Editora Abril e, internacionalmente, a responsável pelo The Economist.

INCOMPETÊNCIA DE ESTADO
Para o médico, o Estado é incompetente, e, por isso, o controle da propaganda é a principal medida de saúde pública. “Adolescente de qualquer cidade brasileira tem acesso a álcool e tabaco. Se o Estado não tem capacidade de legalizar o consumo dessas drogas, com a liberação da maconha não vai ser diferente, principalmente em relação aos jovens”, disse.

Ele ainda citou o exemplo dos bingos que, quando estavam legalizados, passaram a ser frequentados por um número maior de pessoas. “Se legalizar a maconha, mas pessoas irão consumi-la”, afirmou.

Segundo o psiquiatra, a liberação da maconha não vai acabar com o crime organizado – como exemplo, citou o tráfico de cigarros de tabaco e lembrou que o tráfico de drogas está relacionado a outros problemas, como a prostituição, o tráfico de armas e a corrupção policial. “Não dá para resolver o problema, mexendo apenas com um aspecto”, disse e completou: “o problema do consumo de drogas não se resolve só no plano nacional. Este é um tema que deve ser pensado internacionalmente. Se legalizarmos as drogas no Brasil, o país, além de rota do turismo sexual, será lugar de turismo de drogas”, constestou.

Enquanto a sociedade se engaja cada vez mais nessa discussão, os psiquiatras presentes nesse debate promovido pela ABP, mostraram que eles se preocupam também com um outro lado da questão: como criar uma rede de defesa para os dependentes no meio de tanta ineficácia assistencial. “O país já enfrenta problemas o bastante com as drogas lícitas. Seguindo a lógica da saúde pública, a legalização de outras substâncias iria causar uma sobrecarga perigosa no sistema, aumentando assim os custos sociais”, criticou Marco.
 

Um comentário:

  1. 11/11/2011 12:34

    Caros responsáveis,

    Penso que meu artigo "Descriminalização da maconha só fará aumentar o número de viciados e de doentes mentais" será útil ao debate.

    http://www.artigos.com/artigos/saude/medicina/psiquiatria/descriminalizacao-da-maconha-so-fara-aumentar-o-numero-de-viciados-e-de-doentes-mentais-15862/artigo/

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