Muitos profissionais que lidam com jovens usuários crônicos de maconha diagnosticam, com preocupante constância, crises psicóticas aliadas a estados depressivos com tendências suicidas. Se a maconha não provoca mortes diretamente pode, sem dúvida, provocá-las indiretamente, pelos efeitos do uso prolongado e/ou concomitante com outras drogas. Por isso, à maconha não deve ser debitada a exclusividade de um índice maior de suicídios entre seus usuários. No ano passado, a polícia do Rio de Janeiro estourou uma “boca de fumo” onde encontrou “craconha”. Mistura de crack com maconha, o mix que compõe “o produto” leva solvente, ácido, talco, mármore e outros componentes menos nobres ainda. O uso de maconha com álcool é comum e conhecer os processos usados pelo organismo para metabolizar a droga é suficiente para saber porque o corpo vai à lona e pode não se levantar mais: alguns canabinóides deprimem o centro do vômito que, como se sabe, é uma espécie de defesa do indivíduo alcoolizado para eliminar o álcool do organismo; ora se o vômito não ocorre, por estar deprimido o seu centro pela ação da maconha, é lógico que o risco de morte é muito mais pronunciado.
Entretanto, os gladiadores que defendem e atacam a maconha encontram-se no coliseu maior da discussão quando o tema é a propriedade medicamentosa da Cannabis. Os primeiros dizem que seus efeitos terapêuticos, em algumas situações, depõem a favor de sua liberação e demonstram que sua ação no organismo não é tão deletéria quanto se alardeia. Os segundos afirmam que, muito embora algumas ações benéficas da Cannabis tenham sido identificadas, drogas mais atuais, sintetizadas por laboratórios, são muito mais convenientes, eficazes, não possuem
a ação narcotizante da droga e, portanto, desvestem (ou ao menos esmaecem bastante) a aura de “remédio” que os primeiros colocam na maconha. Essa é uma das discussões
mais acesas e o fogo foi atiçado depois que a prestigiosa revista britânica New Scientist (www.newscientist.com) revelou que ninguém menos que a OMS – Organização Mundial de Saúde censurou um relatório produzido pelos seus próprios pesquisadores no qual os mesmos afirmam que a maconha faz menos mal que o álcool e o cigarro.
Segundo a revista, o estudo comparativo entre a maconha e outras drogas legais, que foi suprimido do relatório sob pressão da OMS, dizia que a maconha, se consumida na mesma escala do álcool e do cigarro, traria menos prejuízos ao organismo do que essas duas últimas. O relatório também concluía que embora existam provas dos efeitos prejudiciais do álcool sobre o feto, o mesmo não se podia dizer da Cannnabis porque os estudos não são conclusivos.
O trabalho esclarece ainda que a maconha não causa bloqueio das vias respiratórias, enfisema pulmonar ou qualquer outro dano às funções pulmonares e vicia menos que o cigarro e o álcool. Alguns profissionais que participaram do estudo defendem a posição da OMS alegando que a pesquisa não é útil do ponto
de vista social, uma vez que, no subliminar, pode induzir ao consumo da maconha. Seria uma autêntica “escolha de Sofia”, ou seja, se é para se drogar, se é para se entregar a algum vício, que o usuário danifique o seu organismo e sua mente com a droga menos prejudicial. Absurdo! concordamos com Içami Tiba
A legalização não acabaria justamente com isso?
ResponderExcluirOlá companheiro, dá uma olhada em meu site. Tem algumas coisas erradas sobre o que vc disse.
ResponderExcluirhttp://anticannabis.blogspot.com/2011/04/maleficios-da-maconha.html
Acho que nossos blogs se complementam! =P
Abraço